Karina Sant'ana, de 33 anos, acaba de completar o último dos 3 anos e meio da Faculdade de Jornalismo da USC e nesse atual semestre está escrevendo de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) um livro reportagem sobre violência escolar. O título é :
"Violência Escolar, de quem é a culpa?".
Pesquisando sobre o assunto, ela chegou neste blog e leu as matérias onde eu conto vivências minhas nessa dolorosa realidade bruta das instituições de ensino.
Interessada, ela me convidou a dar uma entrevista para auxiliar o seu trabalho. Eu, claro, aceitei mas pedi uma entrevista também, afinal, a vida é assim: mão que lava a outra!
E num papo bem gostoso, ela respondeu minhas curiosidades sobre a faculdade de jornalismo e sobre esse seu projeto interessantíssimo:
Interessada, ela me convidou a dar uma entrevista para auxiliar o seu trabalho. Eu, claro, aceitei mas pedi uma entrevista também, afinal, a vida é assim: mão que lava a outra!
E num papo bem gostoso, ela respondeu minhas curiosidades sobre a faculdade de jornalismo e sobre esse seu projeto interessantíssimo:
Karina Sant'ana: Eu passei por bullyng em todo tempo que estive na escola. Eu via que era diferente do resto da turma, a começar pelo fato de que não via outro motivo de estar lá se não para estudar! Eu tinha muito prazer em ouvir a professora falar e todos os dias aprender algo novo, adquirir conhecimento e tal. Comecei á questionar o porque do resto dos alunos não pensar e sentir o mesmo, já que escola existe pra isso, e uma amiga explicou que na visão deles a escola era apenas mais um ponto de encontro e zoeira. E eu vi coisas dentro das instituições de ensino, que são de assustar! Eu fui ameaçada de apanhar por coisas banais, recebi apelidos como "ET" e outros tenebrosos, coisas que me faziam questionar como e por que a escola veio a se transformar nisso. Saí da escola sem essa resposta e estou á procura até hoje.
JorgeDrew&Você: Conte mais sobre o Livro-reportagem.
Karina Sant'ana: Até agora eu só pesquisei sobre o início da escola pública em Botucatu e o perfil em geral desses primeiros alunos. Meu foco é a primeira escola pública e estadual da cidade, o EECA, que até hoje é bem influente. To entrevistando alunos que passaram por ali desde 1950 até os anos 2000.
JorgeDrew&Você: Como as pessoas geralmente respondem quando questionadas sobre esse assunto?
Karina Sant'ana: Elas não se sentem muito á vontade não, viu. Geralmente se referem aos atos que dão margem ao bullyng e á violência como "apenas brincadeiras", "coisa normal", "nada demais". Mas como eu fui vítima dessas "brincadeiras", eu sei que não é assim. É aquele velho ditado: quem bate esquece, quem apanha jamais.
JorgeDrew&Você: Como você chegou á faculdade de Jornalismo?
Karina Sant'ana: Minha vontade de fazer jornalismo começou aos 15 anos e a partir daí, foram-se 15 anos tentando até finalmente eu conseguir! Eu era apaixonada pelos escritores jornalistas, como Machado de Assis, e pela ideia de poder conhecer varias profissões diferentes estando numa só, entrevistar pessoas dos mais variados tipos, segmentos e culturas. Estabeleci esse objetivo de me tornar jornalista e depois 3 anos fazendo cursinho, fiz Informática para Gestão e Negócios na Fatec aqui em Botucatu mesmo, já que, na região, só tem faculdade desse curso em Bauru e meus pais não tinham condições de bancar minha ida e volta. Após 3 anos, consegui bolsa integral pelo Pró-Uni e depois de ficar 1 ano estudando sozinha, passei na USC!
JorgeDrew&Você: Como é a faculdade de Jornalismo?
Karina Sant'ana: Sinceramente, você tem que AMAR DE VERDADE essa profissão, pois é um meio bem competitivo. Uma competição que começa desde o primeiro dia de faculdade e vai até o ultimo dia que você for exercer essa profissão. E isso em qualquer área do universo da Comunicação Social. Você pode se dar bem ou não com sua turma de alunos, varia de pessoa pra pessoa, mas entre os profissionais você vai encontrar pessoas bem mais receptivas. Eles te acolhem mais. Agora, a Faculdade como instituição de ensino é bem rígida, cobra bastante a questão prática de ensino, sua iniciativa de fazer as coisas, te manda correr mesmo! Pra você se acostumar logo com esse ritmo acelerado e louco de mercado. Você tem que se preparar.
Texto retirado do site Brasil Escola - Meu Artigo:
Texto retirado do site Brasil Escola - Meu Artigo:
A violência que as crianças e os adolescentes exercem , é antes de tudo, a que seu meio exerce sobre eles COLOMBIER et al.(1989). A criança reflete na escola as frustrações do seu dia-a- dia.
É neste contexto que destacamos os tipos de violência praticados dentro da escola .
- Violência contra o patrimônio - é a violência praticada contra a parte física da escola. " É contra a própria construção que se voltam os pré-adolescentes e os adolescentes , obrigados que são a passar neste local oito ou nove horas por dia." COLOMBIER et al.(1989)
- Violência doméstica - é a violência praticada por familiares ou pessoas ligadas diretamente ao convívio diário do adolescente.
- Violência simbólica - É a violência que a escola exerce sobre o aluno quando o anula da capacidade de pensar e o torna um ser capaz somente de reproduzir. " A violência simbólica é a mais difícil de ser percebida ... porque é exercida pela sociedade quando esta não é capaz de encaminhar seus jovens ao mercado de trabalho, quando não lhes oferece oportunidades para o desenvolvimento da criatividade e de atividades de lazer; quando as escolas impõem conteúdos destituídos de interesse e de significado para a vida dos alunos; ou quando os professores se recusam a proporcionar explicações suficientes , abandonando os estudantes à sua própria sorte , desvalorizando-os com palavras e atitudes de desmerecimento". (ABRAMOVAY ; RUA , 2002, p.335) a violência simbólica também pode ser contra o professor quando este é agredido em seu trabalho pela indiferença e desinteresse do aluno. ABRAMOVAY ; RUA ( 2002)
- Violência física - "Brigar , bater, matar, suicidar, estuprar, roubar, assaltar, tiroteio, espancar, pancadaria, neguinho sangrando, Ter guerra com alguém, andar armado e, também participar das atividades das guangues " ABRAMOVAY et al. (1999)

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