domingo, 19 de abril de 2015

Minha Lista DUBSMASH!

Me rendi de vez á essa brincadeira que viralizou na INTERNET em todo o mundo e até as maiores celebridades já caíram! 
O DUBSMASH é um aplicativo de celular que permite o usuários fazer dublagens de falas clássicas de filmes, novelas, músicas, virais, etc. 



Muitos amigos já fizeram e agora eu fiz os meus!! E muito gostoso e engraçado! Mais uma descontraçãozinha que o mundo viciou! Agora olha aí, a minha lista DUBSMASH! Heheheheheh


"Pobreza Pega!"
Quando baixa Bia Falcão na bixa e ela se sente A RICA!!

"Muleque gostoso!"
Bixa assanhada!!

"Que velha safada!"
Mais assanhada que a bixa é aquela VELHA SAFADA!

"SAPATONAS"
Quando avisto aqueles nº44 e na hora sinto aquele cheiro...

"O que que voce vai fazer sua múmia?!"
"Quando pego a véia fazendo véice"



"NÃO VIU NADA!!!"
Pra quem acha que já viu de tudo da parte da bee aqui!!
HAHAHAHAHAHHAHAAHAHA

Eaí, curtiu? Breve tem mais... bjs!

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Carta ao Professor José Pedretti Neto.

Botucatu, 11 de Abril de 2015.

Saudações ao educador, jornalista e escritor que fez história em Botucatu, tanto que uma Instituição de Ensino foi batizada com o seu próprio nome, o Professor José Pedretti Neto. E é para falar sobre "sua" escola que lhe escrevo hoje. Sobre minha vivência nela, o que ela me proporcionou aprender, viver, entender e levar como lição pra vida toda. Só mando um recado aos que forem ler essa carta pessoal: assim como a José Pedretti neto, essa não é para os fracos de coração não! Rs.

Antes de qualquer coisa, eu queria que o senhor soubesse que sua escola, no quesito funcionários, está muito, mas muito bem servida! Funcionários que vão desde Diretor até faxineiras, todos muito bons profissionais e excelentes pessoas! Não é de meu fetiche citar nomes, pois sempre esqueço um nome e não fica legal, mas uma pessoa eu tenho a obrigação de citar sim! Uma pessoa que foi uma grande amiga minha dentro da escola, pude contar com ela em todos os segundos ali dentro, me ajudou bastante, foi acolhedora, amorosa e mais mil virtudes das coisas seria impossível numerar! Ela é a Professora Mediadora da José Pedretti Neto, tem muito cuidado e profissionalismo em tudo o que faz e é muito amiga de todos os alunos, essa é a Ester! Juntamente com a Viviane, que é coordenadora e também se encaixa nessa lista de características que citei anteriormente, essas duas dão uma aula de dinamismo e competência. Sou muito, mas muito feliz de poder ter encontrado vocês nessa minha jornada e levar pra vida toda. Dos alunos, são muitas e muitas pessoas queridas que me ajudaram de alguma forma e que levarei sempre em meu coração, mas em especial posso destacar a sala em que estudei na segunda vez que ali passei: o 2ºA! Principalmente os meninos! Como o Marcelo, o Lucas, o Mateus, o Renan, o Amon, o Tiago.. TODOS! Eu não poderia ter caído numa sala melhor! Realmente, foi a melhor sala que poderia ter caído nessa minha segunda jornada no Pedretti. Até os professores já nomearam como a melhor da escola. E os professores? Ah.. esses são outros grandes companheiros que tenho muita felicidade de ter trocados conversas e levarei as amizades pro resto da vida. O professor Rafael, Marcelo, Juliano, Isabel, Ligia, Rá, Eliana, etc. Pessoas e profissionais incríveis! Obrigado por tudo! Á todos vocês, pelo carinho, acolhimento e apoio! Muito obrigado do fundo do coração e "énóis" pra vida toda =D



Juntando a primeira com a segunda vez em que estudei nesta escola, pode-se dizer que tive uma vivência de 1 ano e quatro meses. 1 ano e dois meses da primeira vez, com 11/12 anos, e dois meses em 2015 com 17 anos. É sobre essa última vez que quero lhe falar, pois foi a mais recente, que mais me marcou e experiências inesquecíveis vivi. Incluindo a de poder voltar a enxergar uma realidade da qual há tempos já havia esquecido. Eu não vivia ela, não dependia dela, então simplesmente ignorava. Sabia que existia, mas ignorava. Como quem diz "Não tenho nada a ver com isso, não é problema meu!". No tempo em que passei longe do Pedretti, estudei em escola particular, municipal e técnica. Cada uma com uma realidade diferente, mas há anos luz de distância da em que se encontra a sua. No quesito qualidade, ordem e reputação. Na verdade, o Pedretti é só mais uma das várias escolas em que se encontram numa situação triste de desleixo e desvalor. Todas as escolas públicas encontram-se nesse estado, mas foi no Pedretti que eu percebi isso na base da vivência. A partir do momento em que eu me vi dependente da educação pública estadual, já que tive que me matricular na sua escola, notei o quão importante seria se a maior parte da população, principalmente os "poderosos" e os privilegiados que dela não dependem, se importassem, enxergassem ela. A parcela da sociedade que não precisa da educação pública faz questão não só de lembrar disso, como também desdenhar. Não notar que seus alunos também são seres humanos, tem sentimentos e cabeças que podem tornar grandes médicos, advogados, prefeitos, governadores, etc. Mas, o pior, é que trata-se de um triste TOMA-LA-DA-CA de desanimação: quem está lá dentro também já desistiu. Dentro da sua escola, pra qualquer aluno que eu perguntasse, a resposta seria a mesma quanto ao estar ali: "Não gosto, mas é o que tem! É ruim, é péssimo, é uma b*, eu vou mudar daqui e ir pruma melhor!". E essa promessa nunca se concretiza. Depois de tempos pergunto: "Por que você não mudou de escola já que não gosta daqui?" e vem qualquer desculpa como resposta. Isso faz parte da característica do ser humano, de reclamar mas continuar num lugar e numa situação simplesmente por estar em zona de conforto. Mas isso é uma discussão socióloga que a gente discute em outra oportunidade. O fato é que, em todo esse tempo em que estudei na sua escola, Professor Pedretti, pude entender que o problema da Educação Pública é o desânimo de quem poderia mudá-la mas já não enxerga solução! Não é dos diretores e coordenadores de cada instalação que falo, mas sim dos mais poderosos, dos que estão no governo mesmo. No Estado! Diretor não pode expulsar aluno que passa dos limites, não pode repetir de ano quem não alcança os objetivos ano letivo, não pode tomar nenhuma atitude mais drástica com os infratores porque o Estado não deixa! Assim as escolas estaduais vão ficando cada vez mais nas mãos de jovens infratores e marginais que implantam nela a cultura da desvalorização do ensino e glorificação da violência, sabendo que podem reinar pois o máximo que acontecerá é uma suspensão de três dias ou a escola chamar a polícia.  Mas se chamar a polícia, nada de grande acontecerá porque a lei protege o menor. Essa "bendita" impunidade sobre os menores! Outra extensíssima discussão pra outra hora. Como podemos perceber, são vários fatores, vários motivos, vários horrores. Cada um engloba uma circunstância que leva á uma extensa discussão e o poder está sempre nas mesmas mãos: governo.  Talvez eu tenha me equivocado e errado ao falar aqui no blog que grande culpa da de tudo era dos professores desanimados que condensam BEEEM suas aulas e chegam até a evitar certos trabalhos que exigem uma certa intelectualidade do aluno, prevendo que não são capazes. Isso é horrível, mas acontece, sim. Não todos os professores, claro. Mas há. Porém, eu tinha dito isso com apenas uma semana de vivência no Pedretti, muito cedo para se tomar qualquer conclusão. A matéria, que deu MUITO o que falar na época, você pode conferir na íntegra aqui:

http://jorgedrewfernandoevoce.blogspot.com.br/2015/02/minha-volta-ao-pedretti-grande-choque.html

O que percebi logo nos dois meses que se passaram é que, os docentes podem até estar desanimados, mas não á toa. A cultura de desvalorização do conhecimento e glorificação da violência que predomina ali é o que tira o ânimo de dar grandes aulas. Não é pra menos, né? E ela vem de alunos, alunos esses que compões 10% da escola. Uma minoria! Minoria que, infelizmente, ofusca, domina e desanda a instituição. Os bons alunos desanimam vendo que o professores desanimam vendo que os diretores e coordenadores desanimam com essas leis que protegem esses infratores que descontam na escola a raiva de uma vida miserável e desprovida de qualquer esperança devido um governo desleixado que só propaga a desigualdade social cada vez mais. Ufa! Viu que eu não pus nem vírgula? Pra ver quanta coisa engloba o real motivado da situação precária em que se encontra a Educação pública brasileira. E não só a Educação não, a Saúde também está um caos! Então, companheiros e companheiras, chegamos ao real vilão da história! Quem quiser mudar e ajudar de verdade, que se candidate á algum cargo de poder no Governo do Estado ou do Brasil e, se resistir e conseguir não cair na corrupção, lute com unhas e dentes para salvar nossas gerações de menos privilegiados que dependem do acesso público. Eu faço parte desses e , na hora certa, pretendo entrar nessa pra ajudar também. Enquanto isso, vou ajudando de outra forma. Mesmo que essa forma não tenha o poder de mudar muita coisa, vamos ajudar quem precisa, quem desses 90% dentro da escola querem uma boa educação e algo de valor.  No Grêmio Estudantil! Chapa Xeque Mate, fundada por mim e composta por mais doze integrantes que muito querem e podem ajudar, ela foi eleita a chapa oficial da Escola Pedretti com 255 votos dos alunos do período da manhã e da tarde!
255 votos contra 150 da concorrente! Aí entramos num outro assunto do qual eu muito quero dividir o senhor e com todo mundo: o porque que eu de denomino sobrevivente VITORIOSO da sua escola.

Demorou pra maioria das pessoas se acostumarem com a minha presença diária ali dentro. Mas com o tempo e graças ás muitas amizades que eu já tinha ali dentro, foram nascendo novos vínculos, fui me aproximando da galera e logo já tinha a simpatia, o conhecimento de 90% da escola. Claro, aquela minoria, cujo vou chamar por "10%", não foi com minha cara e me perseguiu já desde o primeiro dia. Eu aturei bastante até os gritos de "Viado! Boiola!" toda vez que eu passava. 

Me vi com medo de sair na rua, de ir pra escola, de tudo. Mas isso foi quebrado e o meu orgulho restaurado com uma atitude que os 90% da escola tiveram e muito me alegrou! Uma atitude que mostrou o quão aceito e querido eu sou pela maioria, o quão insignificante é essa minoria e como o progresso está mais perto do que imaginamos!


Votaram em mim! Mesmo concorrendo com uma pessoa que é MUITO querida e popular na escola ha anos, mesmo tendo sendo perseguido pelas minorias e fugindo do estereótipo que todos ali estavam acostumados, eu fui O MAIS VOTADO nas eleições do Grêmio Estudantil e VENCI! VITÓRIA!

Fui eleito pela maioria das pessoas como o Presidente do Grêmio! Sem dúvidas, isso foi uma vitória sobre o preconceito dos 10% e uma prova de carinho da maior parte dos alunos da José Pedretti Neto! Claro que o time de peso que faz parte da minha chapa do Grêmio Estudantil ajudou bastante, mas se eu realmente fosse visto com maus olhos devido a minha personalidade ali dentro, a chapa não teria ganho! E venceu com 255 votos ante 150 da outra chapa! Uma diferença de 105 votos! Muito obrigado á todos que votaram e garanto que não irão se decepcionar! Após isso, as amizades só se consagraram ainda mais. Me sentia muito acolhido e querido ali dentro, por parte dos alunos e dos funcionários. 
E em suas maiorias! Era assim também na Industrial, a maioria era composta de queridos amigos e colegas. Mas, assim como lá também, aqui no Pedretti a minoria não se contentou e continuou á perseguir. Teve uma vez em que eu tive que sair mais cedo da escola, perdendo as duas últimas aulas, porque o diretor recebeu uma ligação anônima de uma pessoa que teria ouvido dizer que os 10% chamaram marginais de outras escolas para me bater na hora da saída. Disseram para eu ir embora e que no mesmo dia eles investigariam para ver se era verdade. Não é que era verdade mesmo? Dias depois chegou á mim um recado de um dos que me bateram, avisando que se ele fosse preso eu estava morto. Se dei credibilidade ou não, não importa. O que importa é que realmente não dava pra me concentrar nos estudos daquela forma! Vivendo de ameaças, tendo que sair mais cedo todos os dias, obrigado á me preocupar mais com  minha segurança e saúde física do que com meus estudos. Sendo que eu quero passar no vestibular!!!!
Pensando em mim, na minha segurança e no meu futuro, eu resolvi que não dava mais pra permanecer ali e mudei pra outra escola. Podem denominar como "covardia", eu não ligo, afinal sei os reais motivos que me levaram á tomar essa atitude e que foi muito, mas muito feliz nem realizá-la. Questão de prioridades. Quanto ao Grêmio Estudantil, é claro que continuarei trabalhando para ajudar aos que necessitam e querem ajuda. Continuo um membro presente e ativo. A única diferença é que não estudo mais no Pedretti. 
Enfim, o que eu queria dizer para o senhor, Professor José Pedretti Neto, é o seguinte:

Como alguém que estudou em escola municipal, particular e técnica, teve acesso á cultura, tem contatos políticos, tem discernimento e viveu na sua escola, posso garanti-lo que a culpa da sua escola e as demais do Estado estarem na situação depravada em que se encontram, não está nas costas de quem as habita. Mas sim nas costas de quem está no poder e tem a obrigação de auxiliar. Mas, como praticamente desconhece a sua realidade, pouco faz, pouco se importa. É que nem a questão da Redução da Maioridade Penal: é contra quem nunca sofreu nas mãos desses menores infratores e teve que vê-lo sair impune. Os "Calejados" que nem nós, que nem minha mãe que é funcionaria da Educação pública a mais de dez anos, eu e vários alunos e docentes dessa área, já sofremos na pele o que é o reinado desses bandidinhos e somos SIM á favor dessa lei. Que vai funcionar muito bem!
Só que, mais do que essa lei, o que realmente precisa no nosso país é uma REFORMA POLÍTICA! E drástica! Em todos os setores. 
Reforma política! Uma atitude JÁ!
...
Como eu disse no começo do texto, sou muito grato á todos dessa escola pelo belo acolhimento e conhecimento que á mim proporcionaram! Muito obrigado do fundo do coração, não somente aos 90%, mas também aos 10%. Á  100% da escola: minha gratidão! Continuamos juntos pelo resto do ano e as amizades pro resto da vida! 
Explodi de felicidade na Industrial, fui MUITO feliz no Pedretti e, agora, tenho certeza que vou ser também feliz nessa nova escola. Em breve saberão qual é. Até lá, vai uma música do Cartola, da qual gosto muito, como recado meu a todos que deixo: